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sexta-feira, novembro 09, 2012

Opiniao Serra Es

Opinião

Nada é tão ruim que não possa piorar

O fim dos incentivos fiscais do Fundo para Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) e agora um novo cálculo para a distribuição dos royalties, que farão com que o Estado e municípios tenham perdas milionárias daqui para frente, devem servir de lição pelo comodismo exercido pelos governantes e toda a classe política ao longo dos últimos 30 anos.
A única política de desenvolvimento econômico implantada por um governador nos últimos 40 anos, que se mostrou eficiente, veio depois de uma tragédia econômica. No início dos anos de 1970, os cafezais do Espírito Santo foram tomados por fungos e tiveram que ser totalmente dizimados, criando um colapso financeiro, uma vez que até então, era a única atividade econômica capixaba.
Essa tragédia obrigou o governo de Cristiano Dias Lopes a buscar saídas, recorrendo ao Governo Federal, comandado pelos militares. Em conjunto com técnicos do Estado foi criado o Fundap, o Geres e Funres; também a Suppin, que criou o Civit I e II, e a Companhia Siderurgica de Tubarão (CST), hoje ArcelorMittal Tubarão.
Esse conjunto de ações alavancou a economia do Estado, a da Serra, gerou milhares de postos de trabalho e criou um forte desenvolvimento econômico.
De lá para cá foram ações pontuais: um pólo industrial em Vila Velha que funciona mal; um em Marataízes que até não está efetivamente implantado, um setor de rochas ornamentais desorganizado, que muitos dos seus empresários utilizam de práticas contestáveis; um pólo de confecções na Glória e uma Linhares que está dando certo porque é contemplada por estar incluída nos benefícios fiscais da Sudene. Nada que seja uma política macro, desencadeada por um governador!
Agora na última década, o Espírito Santo foi grandemente agraciado com o incremento da indústria petrolífera; não por ser uma política de desenvolvimento, mas sim pela generosidade da natureza em dotar o Espírito Santo de petróleo e gás em grande quantidade e por uma necessidade da Petrobras em ampliar sua base energética.
O Espírito Santo deu certo com a sua economia por ser um estado pequeno, de baixa densidade populacional e grande extensão agrícola e isso diminui os problemas sociais. Só para ter uma noção, somos o quarto menor estado da federação, ganhamos apenas do Acre, Sergipe e Rio de Janeiro. Em população, de acordo com o censo do IBGE, em 2010 tínhamos 3,513 milhões de habitantes, contra 6,323 milhões do vizinho Rio de Janeiro.
Passamos os últimos anos vendo os governadores surfando em uma onda de crescimento econômico que não foi fruto de nenhuma política implantada por eles. Bastou o Congresso Nacional fazer duas alterações de cunho econômico financeiro para que o Espírito Santo entrasse em uma situação de pré-colapso  que foram igualar as alíquotas das atividades de importação, atingindo em cheio o sistema Fundap-ES, e agora a redistribuição dos royalties de petróleo.
Agora sim, o Espírito Santo volta para o seu tamanho normal, sem estar inflado por artifícios tributários. Começam então a aparecer as dificuldades financeiras e os problemas sociais se agravarão pela falta de recursos para saná-los. Nós sempre fomos rejeitados pelos demais estados da região sudeste, por não estarmos à altura deles no aspecto demográfico e econômico, e nunca fomos inseridos na região nordeste por não convivermos com as mesmas adversidades climáticas e de pobreza que eles. A partir do ano que vem, vamos estar com um pé e meio dentro da região nordeste.
Os sábios dizem que nada é tão ruim que não possa piorar e nada é tão bom que não possa melhorar. Dizem também que da adversidade é que vêm as oportunidades.
Então, quem sabe, a partir de agora, os líderes políticos e empresariais do Espírito Santo não saiam da inércia e partam para a realização das obras estruturantes de que o Estado precisa para garantir um crescimento verdadeiro, que não vai se abalar por medidas do Congresso Nacional.
No fundo, a nossa economia foi alavancada pela Vale, Fibria, ArcelorMittal Tubarão, Samarco e pelo café, que é muito importante na cadeia produtiva capixaba. Essas empresas foram frutos de articulações de 30 a 40 anos atrás; de lá para cá não apareceu nenhuma outra desse porte, a não ser as suas expansões.
Governador, senadores, deputados federais, estaduais, prefeitos e a classe empresarial precisam agora parar de falar que o Estado necessita duplicar suas rodovias, criar novas rodovias, investir em novos ramais ferroviários, construir Superporto, aeroporto e interiorizar o desenvolvimento. Eles precisam é fazer, tomar a iniciativa de construir.
Temos visto os anos passarem e o Governo anunciar a vinda da Ferrous, da Baoestel, da Siderúrgica de Ubu, da montadora tal da refinaria disso, da fábrica daquilo... de um Porto em Anchieta, de outro em Presidente Kennedy, de mais um em Aracruz, de outro em São Mateus. Os grandes jornais anunciam diariamente a criação de uma infinidade de empregos, que, se for fazer as contas, devemos estar beirando uns 500 mil novos postos de trabalho.
É muito marketing de expectativa, é forçar muito a barra. Ao mesmo tempo, que anunciam esse forte incremento da atividade industrial, reclamam da falta de infraestrutura, sendo que são eles mesmos quem têm que fazer. Se não estão mentindo para o povo desse Estado, o Espírito Santo vai ter que aprender a viver com pouco.
 
 

Cotação para secretariado

* Pouca chance ** 50% de chance *** 75% de chance **** + de 75% de chance
 
**** Jolhiomar Massariol – Serviços
**** Gelson Junquilho – Educação
**** Silas Maza (PSB) – ainda indefinida
**** Evilásio de Angelo – Administração
**** Pedro Firme – Finanças
**** Flávio Serri (PR) – ainda indefinida
*** Cleber Lanes (PT) – ainda indefinida
*** Guto Lorenzoni (PP) – Habitação
*** Luiz Carlos Bezerra (PV) – Meio Ambiente
* Neidia Pimentel (PR) – Indefinida
 
Sugestões de terceiros para o prefeito eleito:
Salvador Oliveira (PR) – para o Turismo.
 
Justificativa: fez um bom trabalho quando esteve à frente da SETUR
 

Cotação para Presidência da Câmara

* Pouca chance ** 50% de chance *** 75% de chance **** + de 75% de chance

*** Cézar Nunes (PDT)
** Guto Lorenzoni (PP)
** Luiz Carlos Moreira (PMDB)
** Boy do INSS (PSB)
* Neidia Pimentel (PR)
*  Jorjão (DEM)
 

Conselho a vista

O ex-prefeito João Baptista da Motta é, sem dúvidas, o homem mais visionário que já passou pela Prefeitura da Serra nos últimos 30 anos. É impressionante a sua capacidade de pensar o desenvolvimento de uma cidade.
Pensador e executor de muitas obras realizadas na cidade, ele é um forte crítico do que vem acontecendo hoje, principalmente no sistema viário, setor que induz ao crescimento ou engessa esse crescimento, depende da forma que se pensa e se executa.
Foi a partir das avenidas amplas e iluminadas que ele construiu, ou projetos que iniciou, que a Serra deu um salto grande no seu crescimento, principalmente nas últimas duas décadas.
Pois bem, ele agora está propondo ao próximo prefeito, Audifax Barcelos, a criação de um Conselho de Desenvolvimento da Cidade, diretamente ligado ao gabinete, para pensar nas grandes obras que a Serra precisa para continuar forte no eixo em que está. Pensar em novas rodovias, corrigir o que está feito com a construção de viadutos e passagens de níveis para desafogar o trânsito, atuar forte na vinda do Superporto, do aeroporto, desenvolver novas regiões, entre outras ações.
Para Motta esse conselho seria formado por pensadores que moram na Serra, que vivem nela e se dedicam a ela. Não seria remunerado ou no máximo um jeton insignificante e concomitante a esse conselho, uma equipe de executores e de captadores dos recursos a nível nacional e internacional.
Motta enxerga uma Serra bem adiante, moderna, sustentável, com um PIB alto, com uma renda per capita alta, com qualidade de vida; uma verdadeira metrópole. Mas para isso, muita coisa tem ser refeita e o que vier daqui para frente, venha com uma nova filosofia.
Não custa nada ouvi-lo.
 
 
Convocação - A Associação Brasileira de Desenvolvimento de Atividades Sociais (ABRADAS), por intermédio do presidente Roberto da Silva Nunes, convoca todos os diretores executivos, e departamentos, para uma reunião extraordinária no próximo dia 19, às 18 horas na sede da entidade, localizada na rua Major Pissarra, 69,  Centro da Serra.
 
 
 

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