sexta-feira, setembro 01, 2017
Assassinatos de mulheres na Serra têm queda de 30% em 2017
Nove mulheres foram mortas nos sete primeiros meses na Serra, casos no Estado chegam a 71 e cresceram 18% em relação a 2016. Foto: Agência Brasil
Thiago Albuquerque
Após liderar nos últimos anos os números de homicídios femininos, em 2017 a situação amenizou um pouco na Serra. De janeiro a julho deste ano, nove mulheres perderam a vida na cidade, uma redução de 30% se comparado ao mesmo período de 2016, onde 13 mulheres foram mortas. Os dados são da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
A Serra teve como pior mês, o de fevereiro, quando três mulheres foram mortas. Vale lembrar que em fevereiro aconteceu o aquartelamento da Polícia Militar, que gerou caos na segurança pública do estado. Entre nos sete meses com os dados disponíveis, dois não tiveram nenhum homicídio: maio e julho.
A Sesp não soube informar quanto dos nove casos registrados até julho são de feminicídio, isto é, quando o assassinato está vinculado à condição feminina da vítima. Crimes passionais, estupro seguido de morte e lesbofobia são exemplos de feminicídio.
Com o recuo dos casos de assassinato de mulheres na Serra, a cidade perdeu a liderança no ranking desse tipo de violência. Pelo menos nos sete primeiros meses do ano, onde Vila
Velha registrou 12 casos, Cariacica e Vitória os mesmo nove homicídios contabilizados na Serra.
Nas três vizinhas da Serra houve aumento em relação ao mesmo período do ano passado. E no estado como um todo também: 71 mulheres foram assassinadas em 2017 contra 60 ano passado, um aumento de 18%.
Para a Secretária Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Luciana Malini, a redução dos casos na Serra pode estar associado à disseminação de mais informações sobre os direitos das mulheres e a quem procurar quando estiverem ameaçadas.
“Em 2016 fizemos dez ações em quinze bairros, onde abrimos um diálogo direto com as mulheres falando sobre o empoderamento feminino, direitos, mostrando o acesso aos atendimentos. Acreditamos que isso repercutiu de forma positiva”, avalia.
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