Caio Dias
A febre amarela é mais uma doença que se espalha no ritmo de reprodução dos mosquitos, assim como a dengue, a zika e a chikungunya. E embora neste surto que atinge o ES ainda não haja comprovação de que o aedes aegytpi esteja transmitindo a febre, mas tão somente os mosquitos (haemagogus e sabethes), que vivem nas matas, o risco existe.
O resultado é aumento das vendas de produtos e serviços que afastam os mosquitos das casas e das pessoas. Ainda mais depois da confirmação de que um morador da Serra contraiu a febre amarela e de que um jovem, residente em Vitória, morreu com suspeita da doença. Em todo Estado, até a última quarta-feira (08), já haviam sido confirmadas 19 mortes pela febre amarela.Desde que começou o surto com o zika vírus, a dengue e a febre chikungunya, o empresário Giovani Torrezani registrou aumento das vendas de telas mosquiteiras para janela. Mas nos últimos dez dias, por conta de óbitos causados pela febre amarela, o telefone do comerciante não para de tocar. “De dez ligações ao dia, hoje eu recebo 15 a 20 ligações. Aumentei minhas vendas em média 50%”. Afirma.
Outra maneira de prevenir os mosquitos é a compra de repelentes. Em janeiro de 2017, a Farmácia Mônica registrou um crescimento de 41,40% nas vendas de repelentes em comparação com o mesmo período de 2016. Segundo o gerente de compras da empresa, Renato Vietchesky, a procura maior é por produtos com uso indicado para idosos, gestantes e crianças.
A prevenção não para por aí, a rede de lojas Dadalto também registrou um aumento nas vendas de ar-condicionado, circuladores de ar e ventiladores, que além de afastar o calor, ajudam a espantar os mosquitos. “Janeiro e fevereiro são meses de grande movimento nas vendas do segmento de ventilação. Em comparação com o ano anterior, tivemos aumento de 30%”, conta o gerente regional, Luciano Sabatini.
Tela mosqueteira, repelente, inseticida, incenso de citronela: esse é o arsenal da comerciante de Jacaraípe, Simoni Rossi. “Mosquito, eu mato com raquete também”, ressaltou Simoni, que além de todas estas armas, faz questão de dar uma geral no quintal da casa dela para evitar a proliferação.
De Morada de Laranjeiras, Vaneza Muniz, tem ar-condicionado, raquete, repelente e inseticida como arsenal contra o mosquito. “Eu, meu filho de cinco anos e meu marido dormimos no quarto com ar-condicionado. Todos os cômodos do apartamento têm refil de inseticida na tomada e como não tomamos vacina ainda, ao sair passamos repelente”, explica.
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